quinta-feira, 24 de junho de 2010

E foda-se de novo,
porque você vale.


Te sigo. Te sigo até o fim, porque eu sou o erro. Sou seu erro. Anda, pode gritar, diz pra todo mundo que o erro é seu; que o erro sou eu. E aí, vai jogar na minha cara? Gruda o corpo no meu, deita na minha cama e diz que sabia desde o começo que o erro sou eu, e que o erro é seu. Porque sou, você sabe que sou. E quer saber? Foda-se você e toda essa sua pseudo franqueza. Foda-se essa sinceridade de mentiras, essa maldita liberdade que nos prende. Foda-se. Me bate pra eu cair de novo. É nisso que eu sou boa, em levantar, em sorrisos já sem dentes, em ter dor. Não essa dor de rua, de miséria, essa dor física. É dor de alma fraca, de envelhecer a mente e o coração. E pera aí, será que você vale tudo isso? E foda-se de novo, porque você vale. Porque você é escrupulosamente linda; você é linda e me protege quando me abraça. E eu esqueço das sirenes que passam lá fora, da escola, dos amigos e dos milhares de conselhos que já ouvi. Esqueço a vida por você. E você merece. Merece loucamente, numa loucura que chega a doer.

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